Em uma reviravolta política na Câmara Municipal, ao menos quatro vereadores decidiram retirar seu apoio ao requerimento de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo vereador Rubinho Nunes, do União Brasil, que tinha como alvo o padre Lancelotti, conhecido por sua atuação em prol das pessoas em situação de rua. A iniciativa de Rubinho Nunes gerou controvérsia desde o seu anúncio, dada a ampla reputação do padre como defensor dos direitos dos mais vulneráveis na cidade.
Os parlamentares que inicialmente haviam endossado a proposta parecem ter reconsiderado sua posição após reflexões e, possivelmente, pressão da opinião pública, que em grande parte manifestou-se contrária à investigação do religioso. A mudança de postura dos vereadores sugere uma percepção de que a CPI poderia ser vista como uma ação política mal calculada ou até mesmo como um ataque a uma figura amplamente respeitada por seu trabalho humanitário.
O padre Lancelotti, figura carismática e de longa trajetória na assistência social, tem uma história de dedicação às causas sociais, o que inclui a luta contra a desigualdade e a defesa dos direitos humanos. A tentativa de instaurar uma CPI contra ele foi recebida com surpresa e indignação por parte de diversos setores da sociedade, incluindo membros de diferentes denominações religiosas e ativistas sociais.
A decisão dos vereadores de retirar o apoio à CPI reflete, portanto, um reconhecimento da importância do trabalho do padre Lancelotti e, possivelmente, uma tentativa de evitar danos à própria imagem dos parlamentares diante de uma questão tão delicada. Com a perda de apoio, o futuro da CPI torna-se incerto, e a continuidade do processo dependerá da capacidade do vereador Rubinho Nunes de angariar novos apoios ou de convencer os seus colegas a manterem suas assinaturas no requerimento.
Fonte: Exame Notícias
