A Venezuela classificou como uma “provocação” o envio de um navio de guerra por parte de um país não especificado para participar de exercícios militares com a Guiana, ex-colônia britânica até 1966. Segundo informações, o navio deve chegar à região após as celebrações de Natal, com o objetivo de se juntar às forças aliadas da Guiana em uma série de manobras militares.
O governo venezuelano, que tem uma disputa de longa data com a Guiana sobre a região do Essequibo, vê a presença de forças militares estrangeiras tão perto de seu território como uma ameaça à sua soberania e estabilidade regional. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela emitiu uma nota oficial expressando seu descontentamento e preocupação com o que considera um ato de agressão.
A Guiana, por sua vez, defende o direito de realizar exercícios militares em seu território e com seus aliados, argumentando que tais atividades são rotineiras e necessárias para a manutenção da segurança e defesa nacional. A presença do navio de guerra, segundo as autoridades guianenses, é parte de um acordo de cooperação militar com nações amigas e não deve ser interpretada como uma afronta à Venezuela.
A tensão entre os dois países sul-americanos tem se intensificado nos últimos anos, especialmente após a descoberta de grandes reservas de petróleo na região disputada. A comunidade internacional, incluindo organizações como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e as Nações Unidas, tem acompanhado de perto a situação, apelando por uma resolução pacífica do conflito.
Enquanto isso, os exercícios militares planejados para ocorrer após o Natal estão sendo vistos com cautela por analistas internacionais, que alertam para o potencial de escalada das tensões na região. A presença do navio de guerra, juntamente com as forças aliadas da Guiana, poderá ser um teste significativo para a diplomacia e a estabilidade na América do Sul.
Fonte: CartaCapital