Na véspera do Ano Novo, a procura por uvas sem semente atingiu picos notáveis, impulsionada por uma tradição que se fortalece a cada ano. Conforme relatos de vendedores e produtores, o quilo da fruta tem sido vendido em uma velocidade impressionante, evidenciando uma preferência clara dos consumidores por uma celebração sem contratempos.
Essa tendência se deve, em grande parte, à tradição espanhola de comer 12 uvas à meia-noite, simbolizando os 12 meses do ano que se inicia. Cada uva é consumida a cada batida do relógio, um ritual que promete prosperidade e boa sorte para o ano que chega. A escolha pelas uvas sem semente é uma medida preventiva, pois ninguém deseja começar o ano novo com um susto ou um engasgo, o que poderia ser interpretado como um mau presságio.
Os supermercados e feiras especializadas reportaram um aumento significativo na demanda por essas uvas, com muitos estabelecimentos reforçando seus estoques para atender à demanda. Além disso, a praticidade das uvas sem semente também tem sido apontada como um fator de conveniência para os consumidores, que buscam simplicidade nos preparativos da festa de Réveillon.
A tradição, que atravessou fronteiras e ganhou adeptos em diversos países, incluindo o Brasil, reforça a importância cultural de rituais de passagem de ano. Com o crescente interesse por essas uvas, produtores têm se adaptado para atender a essa demanda específica, investindo em variedades que dispensam a retirada manual das sementes, proporcionando assim uma experiência mais agradável e segura para os consumidores.
Em suma, a procura pelas uvas sem semente na véspera do Ano Novo não apenas reflete uma superstição ou um costume, mas também destaca uma mudança no comportamento do consumidor, que prioriza a segurança e a comodidade em suas celebrações de fim de ano.
Fonte: Jornal O Globo