Sylvester Stallone e Dolph Lundgren, dois ícones do cinema de ação, cultivam uma amizade que perdura há décadas. Contudo, essa relação nem sempre foi marcada pela camaradagem. Nos primórdios de suas carreiras, quando ambos se encontraram no set de filmagem de “Rocky IV”, Stallone, já estabelecido como o astro de “Rambo”, sentiu uma pontada de inveja em relação a Lundgren.
O motivo desse sentimento, revelado posteriormente pelo próprio Stallone, era a presença imponente e as qualidades físicas de Lundgren, que interpretava o intimidador boxeador russo Ivan Drago. Com sua estatura elevada, músculos definidos e uma expressão fria que transmitia uma força quase sobre-humana, Lundgren representava uma ameaça não só para o personagem Rocky Balboa, mas também para o status de Stallone como o herói de ação definitivo da época.
Stallone, em uma demonstração de honestidade e reflexão sobre seu passado, admitiu que esses sentimentos de ciúme e competição foram uma reação natural à ascensão de um novo e impressionante talento no gênero de ação. Ele reconheceu que, naquele momento, temeu ser ofuscado por Lundgren, cuja atuação e físico eram perfeitos para o papel de um antagonista formidável.
Com o passar dos anos, no entanto, Stallone superou esses sentimentos e desenvolveu uma profunda amizade com Lundgren. A rivalidade inicial deu lugar a um respeito mútuo e a uma colaboração contínua, que incluiu outros projetos cinematográficos, como a franquia “Os Mercenários”, onde ambos compartilharam a tela mais uma vez, agora como aliados.
Essa transformação de ciúme em amizade é um testemunho da maturidade e da evolução pessoal de Stallone, bem como da natureza dinâmica das relações humanas, especialmente no competitivo mundo de Hollywood. A história de Stallone e Lundgren é um lembrete de que até as maiores estrelas podem sentir-se inseguras e que o verdadeiro caráter é revelado na maneira como lidamos com esses sentimentos ao longo do tempo.
Fonte: Terra