O estado de Minas Gerais enfrentou um período de escassez de chuvas em 2023, conforme apontam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A situação foi atribuída ao encerramento precoce da estação chuvosa no ano anterior e ao prolongamento da estiagem, que teve influência direta do fenômeno climático conhecido como El Niño.
O El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, pode alterar significativamente os padrões climáticos em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Esse fenômeno é conhecido por afetar a distribuição das chuvas, provocando secas em algumas regiões e enchentes em outras.
No caso de Minas Gerais, a ação do El Niño resultou em uma redução considerável das precipitações, impactando diversos setores, especialmente a agricultura, que depende das chuvas para o cultivo e a pecuária. Além disso, o abastecimento de água para consumo humano e a geração de energia hidrelétrica também foram afetados pela falta de chuvas.
As consequências da estiagem prolongada incluem o aumento do risco de incêndios florestais, a diminuição dos níveis dos reservatórios de água e a necessidade de medidas restritivas de uso de água em várias cidades mineiras. O governo do estado e as autoridades locais têm se mobilizado para criar estratégias de gestão dos recursos hídricos e minimizar os efeitos da seca sobre a população e a economia local.
Os especialistas alertam que é fundamental investir em políticas de longo prazo para a conservação da água e adaptação às mudanças climáticas, a fim de preparar o estado para enfrentar eventos climáticos extremos que possam ocorrer no futuro. Enquanto isso, a população é orientada a adotar práticas de consumo consciente de água para colaborar com a preservação dos recursos hídricos disponíveis.
Fonte: G1