O novo limite imposto para as taxas de juros do crédito rotativo tem sido apontado como um fator de redução nos níveis de endividamento dos consumidores brasileiros. No entanto, especialistas alertam que a medida tem eficácia limitada, pois se aplica somente a novos financiamentos, deixando de fora aqueles que já estão em curso. Ainda que a iniciativa seja um passo na direção certa para a proteção financeira do consumidor, a cautela é recomendada.
Os juros do rotativo, historicamente elevados no país, são uma das principais causas do endividamento, especialmente entre os usuários de cartão de crédito que não conseguem pagar a fatura integralmente. Com a implementação do teto, espera-se que haja um freio no crescimento das dívidas acumuladas por meio dessa modalidade de crédito.
Contudo, apesar da medida, os juros cobrados no Brasil continuam entre os mais altos do mundo, o que demanda uma atenção redobrada dos consumidores ao utilizarem o crédito rotativo. A recomendação dos especialistas é que os usuários planejem seus gastos e evitem ao máximo o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito, para não caírem na espiral de juros compostos que caracteriza o rotativo.
Adicionalmente, é importante que os consumidores estejam atentos às condições de seus contratos atuais e busquem renegociar suas dívidas, sempre que possível, para aproveitar as condições mais favoráveis que podem surgir com a nova regulamentação. A educação financeira surge como uma ferramenta essencial para que os brasileiros possam gerenciar melhor suas finanças e evitar o superendividamento.
A Agência Brasil ressalta que, apesar dos esforços regulatórios, a responsabilidade individual é um componente crucial na gestão do endividamento. Portanto, é fundamental que os consumidores estejam informados e conscientes sobre as implicações do uso do crédito rotativo e de outras modalidades de financiamento que possam comprometer sua saúde financeira a longo prazo.
Fonte: Agência Brasil