Em uma análise perspicaz e inovadora, o crítico de cinema Rugna apresentou sua visão sobre a nova onda de filmes de possessão e exorcismo, destacando-se por uma abordagem que subverte as expectativas do gênero. Em sua crítica, intitulada “O Mal que Nos Habita”, publicada no Plano Crítico, Rugna explora como os cineastas contemporâneos estão trilhando um caminho inverso ao da narrativa tradicional, tão conhecida pelos aficionados por filmes de terror.
Segundo Rugna, os filmes analisados não se limitam a retratar a possessão demoníaca como um evento sobrenatural que invade a realidade humana, exigindo a intervenção de um exorcista para restaurar a ordem. Em vez disso, essas obras recentes sugerem que o mal pode ser uma manifestação interna, uma parte intrínseca da psique humana ou da sociedade em que vivemos. O crítico aponta que essa abordagem permite uma reflexão mais profunda sobre temas como a natureza do mal, a responsabilidade individual e coletiva, e as complexidades da condição humana.
Rugna elogia a capacidade desses filmes de gerar um diálogo com o público, convidando os espectadores a questionar não apenas a origem do mal, mas também como ele é percebido e enfrentado em diferentes contextos culturais e históricos. A crítica destaca a habilidade dos diretores em criar atmosferas de tensão e desconforto sem recorrer unicamente a elementos sobrenaturais, mas também por meio de uma construção psicológica e social dos personagens.
Ao final de sua crítica, Rugna conclui que “O Mal que Nos Habita” é uma prova da evolução do gênero de terror, que continua a se reinventar e a desafiar as convenções, proporcionando ao público não apenas entretenimento, mas também uma oportunidade para introspecção e debate.
Reflexão sobre o comportamento humano e o comportamento ideal:
O comportamento humano é multifacetado e complexo, moldado por uma miríade de fatores, incluindo a cultura, a educação, as experiências pessoais e as influências sociais. A crítica de Rugna nos lembra que o mal, muitas vezes retratado como uma força externa e invasiva, pode também ser uma parte integrante de nós mesmos. Isso nos desafia a olhar para dentro, para reconhecer e confrontar os aspectos sombrios da natureza humana.
O comportamento ideal, embora seja um conceito subjetivo e variável, poderia ser entendido como aquele que promove o bem-estar coletivo, a compreensão mútua e a empatia. Seria caracterizado pela responsabilidade, pelo respeito às diferenças e pela capacidade de autocrítica e de crescimento pessoal. Ao refletir sobre o mal como algo que habita em cada um de nós, somos incentivados a buscar o autoconhecimento e a trabalhar ativamente para superar nossas falhas e contribuir para uma sociedade mais justa e compassiva.
Fonte : Plano Crítico