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Monumentos Públicos em Xeque: O Impacto da Comunicação na Ressignificação Histórica

Em uma recente pesquisa de mestrado realizada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), a estudante Bruna se debruçou sobre a questão da comunicação e sua influência no processo de ressignificação dos monumentos públicos. O estudo, orientado por especialistas em comunicação e história, buscou compreender como o diálogo e a informação podem moldar a percepção da sociedade em relação a essas estruturas, que muitas vezes carregam consigo um peso histórico e cultural significativo.

A pesquisa partiu do princípio de que os monumentos não são apenas obras de arte ou marcos arquitetônicos, mas também veículos de narrativas e memórias coletivas. Nesse contexto, Bruna investigou a maneira pela qual a comunicação pode atuar como ferramenta para discutir e reinterpretar o significado desses espaços, especialmente em um momento em que debates acerca de memória e identidade estão tão presentes no cenário público.

Através de uma metodologia que incluiu análise de discursos, entrevistas com especialistas e levantamento de dados em fontes secundárias, a pesquisa identificou que a comunicação eficaz pode desempenhar um papel crucial na educação e na sensibilização do público. Isso envolve desde a sinalização adequada nos locais dos monumentos até campanhas de conscientização e programas educativos que abordem a história e o contexto dos mesmos.

Um dos pontos destacados no estudo foi a importância de se considerar as diversas vozes e perspectivas que compõem a sociedade, incluindo grupos historicamente marginalizados, cujas narrativas muitas vezes são omitidas ou distorcidas. A pesquisa apontou que a inclusão dessas vozes pode contribuir para uma compreensão mais ampla e diversificada do passado, promovendo um debate mais rico e inclusivo sobre o papel dos monumentos no espaço público.

A dissertação de Bruna, agora disponível para consulta na biblioteca da USCS, oferece uma contribuição valiosa para o campo da comunicação e da memória social, sugerindo caminhos para que as cidades possam lidar com seus monumentos de maneira consciente e reflexiva, respeitando a complexidade das narrativas que eles representam. A pesquisa também abre portas para futuros estudos que possam expandir o entendimento sobre a interação entre comunicação, memória e espaço público.

Fonte : Folha do ABC

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