Um mergulhador profissional do Espírito Santo foi condenado a quase 10 anos de reclusão após ser considerado culpado por um esquema de tráfico internacional de drogas. O indivíduo, cuja identidade não foi revelada, foi detido em maio de 2023, na cidade de São Paulo, em uma operação conduzida pela Polícia Federal.
De acordo com as investigações, o mergulhador utilizava suas habilidades subaquáticas para aderir caixas contendo cocaína ao casco de navios mercantes que partiam para a Europa e outros destinos internacionais. Este método sofisticado de ocultação dificultava a detecção das drogas pelas autoridades portuárias e alfandegárias.
O esquema foi desmantelado após uma série de investigações coordenadas pela Polícia Federal, que incluíram vigilância marítima e interceptações telefônicas. A prisão do mergulhador foi resultado de uma operação que contou com a colaboração de agências internacionais de combate ao narcotráfico.
Durante o julgamento, a acusação apresentou provas contundentes da participação do réu no esquema criminoso, incluindo imagens subaquáticas e testemunhos de cúmplices que colaboraram com as autoridades em troca de redução de pena. O mergulhador, por sua vez, negou as acusações, alegando que não tinha conhecimento do conteúdo das caixas que fixava nos navios.
A sentença foi proferida considerando a gravidade do crime e o papel crucial que o mergulhador desempenhou no transporte da droga. Além da pena de prisão, foram aplicadas multas significativas e o condenado terá de responder por outros crimes associados, como associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
O caso repercutiu como um alerta para as autoridades portuárias sobre a necessidade de intensificar as medidas de segurança e vigilância nas áreas de embarque e desembarque de mercadorias, a fim de combater métodos cada vez mais inovadores de tráfico de drogas. A condenação do mergulhador do Espírito Santo é um exemplo da eficácia das operações conjuntas entre as forças de segurança nacionais e internacionais no combate ao crime organizado transnacional.
Fonte : A Gazeta