Em um movimento que intensifica as tensões na península coreana, o líder norte-coreano Kim Jong-un fez um apelo enfático para que seu país “acelere” os preparativos para uma possível ofensiva. Este pedido surge em um contexto de advertências prévias de Kim, nas quais ele afirmou categoricamente que a Coreia do Norte não hesitaria em lançar um ataque nuclear se enfrentasse “provocações” com armas atômicas por parte da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.
A declaração de Kim Jong-un reforça a postura desafiadora da nação isolada em relação ao seu programa nuclear e balístico, apesar das sanções internacionais e da pressão diplomática para que Pyongyang abandone suas ambições nucleares. A insistência em acelerar os preparativos sugere uma resposta direta às manobras militares conjuntas e ao fortalecimento da presença militar dos EUA na região, percebidos pelo regime norte-coreano como ameaças à sua soberania e um pretexto para reforçar suas capacidades de defesa.
A comunidade internacional, já preocupada com o potencial de escalada do conflito, vê com apreensão as recentes movimentações da Coreia do Norte. Observadores internacionais e analistas de segurança alertam para o risco crescente de um erro de cálculo ou de uma escalada involuntária que poderia levar a uma confrontação catastrófica na região.
O governo sul-coreano e os Estados Unidos têm reiterado seu compromisso com a segurança da península e a necessidade de uma abordagem diplomática para resolver as tensões. No entanto, a retórica belicista de Pyongyang e o apelo de Kim Jong-un para acelerar os preparativos militares indicam que o regime está disposto a manter sua postura agressiva, aumentando o risco de um impasse que poderia ter consequências devastadoras para a estabilidade regional e global.
Fonte: Estadão