SÃO PAULO, 8 Jan (Reuters) – Em um relatório recente divulgado pelo Itaú BBA, analistas da instituição financeira projetam que o setor de educação no Brasil em 2024 deverá seguir sem grandes alterações nas tendências já notadas anteriormente. Segundo o estudo, espera-se que a continuidade de práticas e modelos educacionais atuais se mantenha, sem indicações de reformas ou inovações significativas que possam alterar o panorama do setor de maneira substancial.
Os especialistas do banco apontam que, apesar de um crescimento moderado na demanda por educação, especialmente no ensino superior privado, o cenário para o próximo ano não sugere mudanças disruptivas. A análise leva em consideração fatores como a estabilidade econômica, políticas públicas vigentes e o ritmo de adoção de novas tecnologias no ambiente educacional.
O relatório também destaca que as instituições de ensino devem continuar investindo em modalidades de ensino a distância (EAD), uma tendência que ganhou força com a pandemia de COVID-19 e que se mostrou uma alternativa viável para muitos estudantes e instituições. No entanto, os analistas do Itaú BBA ressaltam que o crescimento dessa modalidade deve ocorrer de forma gradual e acompanhada de desafios, como a necessidade de garantir a qualidade e o reconhecimento desses cursos.
Outro ponto mencionado é a consolidação do mercado, com grandes grupos educacionais expandindo sua atuação por meio de aquisições e fusões, buscando sinergias e economias de escala. Essa tendência, já observada nos últimos anos, deve persistir como uma estratégia para aumentar a competitividade no setor.
O Itaú BBA também sinaliza que o financiamento estudantil e as políticas de inclusão educacional continuarão sendo temas relevantes para o setor, com impactos diretos na capacidade das instituições de atrair e reter alunos.
Em suma, o setor educacional brasileiro em 2024 é visto pelos analistas do Itaú BBA como um campo de estabilidade, com crescimento incremental e desafios contínuos em termos de inovação e qualidade de ensino. As instituições que conseguirem se adaptar às demandas do mercado e às expectativas dos estudantes, investindo em tecnologia e métodos de ensino eficazes, terão melhores chances de se destacar em um ambiente cada vez mais competitivo.
Fonte: InfoMoney