O presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol expressou profundo descontentamento com a atitude do Portimonense S.C., acusando a direção e o treinador do clube português de exercerem pressão indevida sobre o jogador Hélio, que também é atleta da seleção nacional de Cabo Verde. A situação vem à tona em um momento crucial para a seleção, que se prepara para disputar os oitavos de final da Copa Africana de Nações (CAN).
Em declarações à imprensa, o mandatário da Federação destacou a relevância da competição continental, não apenas para Cabo Verde, mas também para os demais países de língua oficial portuguesa (PALOP) que participam do torneio. Segundo ele, a presença de quatro nações PALOP nos oitavos de final é um marco importante e reflete o crescimento e a força do futebol na região.
A controvérsia surge em meio a alegações de que o Portimonense teria tentado influenciar a decisão de Hélio em representar sua seleção nacional, o que foi interpretado como uma falta de respeito e consideração pelo significado do torneio para o jogador e seu país. O presidente da Federação não poupou críticas, classificando a atitude do clube como mesquinha e contrária ao espírito esportivo e à solidariedade que deve prevalecer entre as nações.
A Federação Cabo-verdiana de Futebol reafirmou seu compromisso em defender os interesses de seus jogadores e assegurar que eles possam representar seu país sem interferências externas. A situação levanta questões sobre a relação entre clubes e seleções nacionais, especialmente em períodos de competições internacionais, e coloca em evidência a tensão que pode surgir quando os interesses de ambas as partes entram em conflito.
Fonte: Renascença