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Erotismo ou Horror? A Tênue Linha dos Sentidos no Cinema Segundo Emerald Fennell

Em uma recente entrevista concedida à Folha, a cineasta Emerald Fennell, conhecida por sua abordagem audaciosa e muitas vezes polêmica no cinema, discutiu a natureza subjetiva do erotismo e do horror em suas obras. “O que é erótico para um pode ser o grande horror de outro”, afirmou Fennell, destacando a tênue linha que separa os dois gêneros na percepção do público.

A diretora, cujos trabalhos anteriores já exploraram temas complexos e provocativos, enfatizou a importância de criar uma conexão emocional com a audiência. “Você quer fazer filmes que se conectem com a plateia e, para isso acontecer, o público precisa sofrer”, disse ela, sugerindo que o desconforto pode ser um poderoso instrumento narrativo para envolver os espectadores e provocar uma resposta mais intensa.

Fennell também comentou sobre a responsabilidade do cineasta em navegar essas águas muitas vezes turbulentas com sensibilidade e consciência. Ela argumentou que, enquanto alguns podem encontrar prazer no que é convencionalmente considerado erótico, outros podem ver o mesmo conteúdo como perturbador ou até mesmo traumático. Essa dualidade, segundo a cineasta, é o que torna a criação de filmes uma tarefa tão desafiadora e fascinante.

A diretora concluiu a entrevista refletindo sobre o papel do cinema como espelho da sociedade e como um meio de explorar os limites do que é socialmente aceitável ou tabu. Seus comentários ressaltam a complexidade de abordar temas eróticos e de horror, e como a percepção de cada indivíduo é moldada por experiências pessoais e culturais únicas.

Fonte: Folha

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