Edemar Cid Ferreira, o fundador do Banco Santos, cuja falência marcou o setor financeiro brasileiro, faleceu aos 76 anos. O ex-banqueiro, que se tornou uma figura notória no mundo das finanças e das artes, morreu após uma longa batalha contra uma doença não especificada. Edemar ficou famoso não apenas por suas atividades bancárias, mas também por sua paixão pela arte, que o levou a acumular uma coleção de obras valiosas e reconhecidas internacionalmente.
Além de seu legado no mercado financeiro, Edemar Cid Ferreira era conhecido pela mansão extravagante que construiu no Morumbi, um bairro nobre da zona oeste de São Paulo. A residência, que mais parecia um museu, refletia seu gosto refinado e sua dedicação ao colecionismo de arte. A mansão se tornou um símbolo de sua ascensão e posterior queda.
A trajetória de Edemar Cid Ferreira foi marcada por altos e baixos. Sob sua gestão, o Banco Santos expandiu-se rapidamente, mas acabou entrando em colapso em 2005, após a descoberta de um grande esquema de fraude e lavagem de dinheiro. O escândalo teve um impacto significativo no sistema financeiro e levou a uma reavaliação das práticas de regulação e supervisão bancária no Brasil.
Após a falência do banco, Edemar enfrentou diversos processos judiciais e teve parte de sua coleção de arte apreendida pelas autoridades, como parte da tentativa de recuperar os ativos para pagar os credores do Banco Santos. A sua morte encerra um capítulo controverso no mundo financeiro e cultural do país, deixando para trás um legado de sucesso, escândalo e, acima de tudo, uma paixão indelével pela arte.
Fonte: G1