À medida que os fogos de artifício iluminam o céu noturno em celebração ao início de 2024, é fácil esquecer que nem todos estão marcando a mesma passagem de tempo. Em diversos cantos do planeta, comunidades e culturas operam sob calendários distintos do gregoriano, adotado amplamente no Ocidente. Para esses grupos, o ano que se inicia pode não ser 2024, mas sim outra contagem que reflete suas tradições e histórias ancestrais.
Por exemplo, no calendário judaico, que é lunissolar e tem suas raízes nas observações astronômicas e religiosas do povo judeu, o ano de 2024 corresponde aproximadamente ao ano 5784. Este calendário é utilizado para determinar as datas das festas judaicas e outros eventos religiosos.
Já na China, o calendário tradicional também é lunissolar e baseia-se em ciclos complexos de 60 anos. Segundo esse sistema, 2024 é o Ano do Dragão, um dos 12 animais que compõem o zodíaco chinês. As celebrações do Ano Novo Chinês, que não coincidem com o 1º de janeiro do calendário gregoriano, são um dos eventos mais importantes e coloridos, reunindo famílias e comunidades em festividades que duram dias.
Outro exemplo é o calendário islâmico, ou calendário Hijri, que é puramente lunar e conta os anos desde a Hégira, a migração do profeta Maomé de Meca para Medina. Em 2024, os muçulmanos estarão vivenciando o ano 1445 ou 1446, dependendo do avistamento da lua, que é crucial para a marcação dos meses islâmicos.
Na Índia, o calendário hindu, com suas várias versões regionais, é amplamente seguido para determinar as datas de festivais e rituais religiosos. Este calendário é lunissolar e tem uma era própria, chamada de Kali Yuga, que se acredita ter começado em 3102 a.C. Portanto, o ano de 2024 no calendário gregoriano pode ser aproximadamente o ano 5126 no calendário hindu.
Esses são apenas alguns exemplos de como a experiência do tempo e a celebração de um “Ano Novo” podem variar significativamente de uma cultura para outra. Enquanto muitos brindam a chegada de 2024, outros preparam-se para comemorar datas que refletem um ciclo completamente diferente, repleto de significados e tradições que têm resistido ao teste do tempo.
Fonte: G1