A China, a nação mais populosa do mundo, registrou pelo segundo ano consecutivo uma redução em seu número de habitantes. Especialistas apontam que essa tendência já era prevista, levando em conta o crescimento da classe urbana e a diminuição histórica na taxa de natalidade do país.
O fenômeno é consequência de uma série de fatores socioeconômicos e demográficos. A urbanização acelerada tem levado a uma mudança nos padrões de vida e nos valores familiares, com muitos casais em áreas urbanas optando por ter menos filhos devido ao custo de vida mais alto e à busca por melhores oportunidades de carreira.
Além disso, as políticas de planejamento familiar do passado, como a rigorosa política do filho único, que vigorou por mais de três décadas, contribuíram para uma geração de pais potenciais menor. Ainda que o governo chinês tenha flexibilizado essa política em 2016, permitindo que as famílias tenham dois filhos, a mudança não resultou no aumento esperado da taxa de natalidade.
A queda na população chinesa traz implicações significativas para a economia e a sociedade do país. Uma população em declínio pode levar a uma força de trabalho reduzida, pressionando o sistema de seguridade social e desafiando a capacidade do país de manter seu crescimento econômico.
O envelhecimento populacional também é uma preocupação crescente. Com menos jovens para sustentar uma população idosa em expansão, a China pode enfrentar desafios para manter seus programas de aposentadoria e saúde.
Diante desses desafios, o governo chinês tem buscado incentivar a natalidade por meio de políticas de apoio à família, como subsídios e benefícios fiscais. No entanto, essas medidas ainda não conseguiram reverter a tendência de declínio populacional.
A redução da população chinesa é um tema que continua a atrair a atenção de demógrafos e formuladores de políticas em todo o mundo, à medida que as implicações de longo prazo para a China e a economia global se tornam cada vez mais evidentes.
Fonte: G1