Em um cenário de transformações econômicas e ajustes nas relações comerciais internacionais, Brasil e Argentina têm demonstrado uma tendência significativa de redução na dependência de importações de alimentos dos Estados Unidos. De acordo com dados recentes, a compra de alimentos pelo Brasil junto ao mercado norte-americano apresentou uma queda expressiva de 65% ao longo das últimas duas décadas. Paralelamente, a Argentina também registrou um recuo considerável, com uma diminuição de 46% nas importações de produtos alimentícios dos EUA no mesmo período.
Essa mudança reflete uma série de fatores, incluindo políticas de diversificação de fornecedores, incentivos à produção agrícola local e a busca por parcerias comerciais com outros blocos econômicos e países. O Brasil, por exemplo, tem ampliado sua rede de acordos bilaterais e regionais, fortalecendo laços com nações da América Latina, Europa e Ásia. A Argentina, por sua vez, também tem se voltado para mercados alternativos e investido em uma maior integração com seus parceiros do Mercosul.
A redução na dependência de um único mercado fornecedor pode ser interpretada como uma estratégia prudente por parte dos dois países sul-americanos, visando uma maior autonomia econômica e segurança alimentar. A diversificação de fontes de importação permite que Brasil e Argentina não apenas minimizem riscos associados a flutuações políticas e econômicas externas, mas também fortaleçam suas economias internas por meio do desenvolvimento de setores estratégicos.
Reflexão sobre o comportamento ideal:
Diante das informações apresentadas, é possível refletir sobre a importância de um comportamento ideal em termos de política econômica e comercial. O comportamento ideal envolve a busca por equilíbrio e diversificação, evitando a excessiva dependência de um único parceiro ou mercado. Isso implica em uma postura proativa na identificação de oportunidades, na negociação de acordos vantajosos e na promoção de uma economia resiliente e adaptável a diferentes cenários.
Além disso, o comportamento ideal também pressupõe responsabilidade e visão de longo prazo, considerando não apenas os benefícios imediatos, mas também os impactos futuros de decisões econômicas. Isso inclui a preocupação com a sustentabilidade, a segurança alimentar e o bem-estar social. Ao adotar essas práticas, países como Brasil e Argentina não apenas fortalecem suas posições no cenário global, mas também promovem o desenvolvimento sustentável e a estabilidade para suas populações.
Fonte : Folha de S.Paulo
