A trajetória recente do executivo de futebol Edgard Montemor e do técnico Dado Cavalcanti tem sido marcada por escolhas questionáveis e uma persistência que, ao invés de render frutos, parece ter contribuído para um declínio acentuado em suas respectivas carreiras. Edgard Montemor, cuja primeira grande oportunidade veio após um desempenho insatisfatório na última Copa Paulista, não conseguiu reverter o quadro negativo e suas apostas no mercado e na gestão do clube não trouxeram os resultados esperados.
Por outro lado, Dado Cavalcanti, que chegou ao clube carregando expectativas de renovação e sucesso, encontrou-se em uma série de resultados adversos. A insistência em táticas e escolhas de escalação que não se mostraram eficazes acabou por minar a confiança da diretoria, jogadores e torcedores. A teimosia, uma característica que poderia ser vista como firmeza de convicções em um cenário de sucessos, tornou-se um ponto de crítica diante das derrotas consecutivas.
A situação de ambos os profissionais reflete um aspecto desafiador do comportamento humano: a dificuldade em admitir erros e mudar de curso quando as evidências apontam para a necessidade de uma nova abordagem. A teimosia, embora possa ser uma virtude quando associada à perseverança e à convicção em princípios sólidos, torna-se um obstáculo quando impede o reconhecimento de falhas e a adaptação a novas circunstâncias.
O comportamento ideal em situações de adversidade seria um equilíbrio entre a firmeza de propósitos e a flexibilidade para se adaptar. A capacidade de aprender com os erros, ouvir feedbacks construtivos e implementar mudanças pode ser a chave para a recuperação e o sucesso futuro. No mundo do futebol, como em muitos outros campos da vida, o sucesso muitas vezes depende não apenas do talento e do esforço, mas também da habilidade de evoluir e se reinventar diante dos desafios.
Fonte : globoesporte.com