A disseminação de informações falsas sobre a suposta importação de “carne de porco envenenada” dos Estados Unidos para Taiwan tem sido uma tática recorrente no embate informacional entre a China e a ilha que Pequim considera uma província rebelde. De acordo com relatos, o governo chinês tem sido acusado de propagar essas ‘fake news’ como parte de uma estratégia mais ampla para desestabilizar a confiança dos taiwaneses nas importações americanas e, por extensão, nas relações entre Taiwan e os EUA.
O rumor, que circula há algum tempo, sugere que a carne de porco exportada pelos Estados Unidos para Taiwan estaria contaminada com substâncias nocivas, uma alegação que não possui embasamento científico e que foi categoricamente desmentida pelas autoridades competentes. Especialistas em segurança alimentar e representantes do setor agroindustrial norte-americano reiteraram a segurança e a qualidade dos produtos exportados, seguindo rigorosos padrões de saúde pública.
A propagação dessas notícias falsas parece ser parte de uma campanha mais ampla de desinformação, que visa não apenas afetar a economia de Taiwan, mas também minar a percepção pública sobre a parceria estratégica e comercial entre a ilha e os Estados Unidos. Observadores internacionais e analistas políticos apontam que tais táticas são consistentes com os esforços da China para exercer pressão psicológica e política sobre Taiwan, buscando enfraquecer o apoio popular ao governo taiwanês e suas políticas de aproximação com aliados ocidentais.
A situação reforça a necessidade de uma vigilância constante contra a desinformação e a importância de mecanismos de verificação de fatos, tanto em Taiwan quanto internacionalmente, para combater a influência de notícias falsas nas relações geopolíticas e na segurança alimentar global.
Fonte: BBC Brasil