Em uma recente declaração, o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como responsável por um “calote” que teria impactado negativamente o desempenho das contas públicas do Brasil. Segundo Haddad, a gestão anterior deixou de honrar compromissos financeiros importantes, entre eles o pagamento de dívidas judiciais que não admitem mais recurso, conhecidas como precatórios, e a compensação financeira aos estados em função da redução de impostos promovida pelo governo federal.
De acordo com o ministro, a não quitação dessas obrigações criou um cenário de incerteza fiscal, prejudicando a credibilidade do país perante investidores e instituições financeiras internacionais. Além disso, a falta de pagamento dos precatórios teria gerado um acúmulo de dívidas que agora pressiona o orçamento federal, exigindo do atual governo medidas para a regularização desses passivos.
A situação é agravada, ainda segundo Haddad, pela necessidade de compensar os estados pela perda de receita decorrente da redução de impostos como o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações. Essa redução teria sido implementada sem um planejamento adequado para a compensação dos entes federativos, o que agora demanda uma realocação de recursos do orçamento federal para cobrir o déficit nos estados.
Essas questões financeiras herdados da administração Bolsonaro, conforme argumenta o ministro da Fazenda, exigem uma atenção especial e a implementação de estratégias para a recuperação fiscal do país. O governo atual se vê diante do desafio de reequilibrar as contas públicas, garantindo o cumprimento das obrigações legais e a manutenção da estabilidade econômica.
Fonte : Jornal O Globo
