Em mais um episódio de mobilização política nas redes sociais, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro lançaram uma campanha de boicote contra a Magazine Luiza. O movimento começou após a divulgação de uma fotografia em que a empresária Luiza Helena Trajano, fundadora da rede varejista, aparece ao lado de Rosângela da Silva, conhecida como Janja, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A imagem, que circulou amplamente nas redes sociais e grupos de mensagens, foi interpretada por alguns bolsonaristas como um sinal de alinhamento político da empresária com o atual governo. Em resposta, esses apoiadores do ex-presidente Bolsonaro começaram a convocar um boicote à Magazine Luiza, utilizando hashtags e publicações que pedem aos consumidores para não comprarem produtos da empresa.
A campanha de boicote segue uma série de ações semelhantes que visaram outras marcas, como a Bis, da fabricante de chocolates Lacta, e a Piracanjuba, conhecida pelos seus produtos lácteos. Em ambos os casos, as empresas foram alvo de boicotes por parte de bolsonaristas devido a posicionamentos ou declarações de seus representantes que foram interpretados como contrários aos interesses ou à ideologia do grupo político.
A Magazine Luiza, uma das maiores redes de varejo do Brasil, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. A empresária Luiza Trajano, por sua vez, tem sido uma figura ativa no debate público, frequentemente abordando temas relacionados ao empreendedorismo, economia e questões sociais. A fotografia que desencadeou o boicote parece ter sido tirada em um evento privado e sua divulgação não foi acompanhada de qualquer declaração política por parte de Trajano.
A prática de boicote, enquanto forma de protesto ou pressão política, não é nova e tem sido utilizada por diferentes grupos ao longo dos anos. No entanto, a eficácia dessas ações e o impacto real sobre as empresas visadas ainda são temas de debate. Enquanto isso, a polarização política no Brasil continua a se refletir em campanhas de consumo e a influenciar o comportamento de grupos de apoiadores nas redes sociais.
Fonte: VEJA.com
