Celebrando oito séculos desde a criação do primeiro presépio, a tradição natalina que simboliza o nascimento de Jesus Cristo continua a encantar e a transmitir sua mensagem de esperança e amor pelo mundo. Em Greccio, uma pitoresca cidade localizada a 70 km de Assis, na Itália, foi onde São Francisco de Assis, no ano de 1223, reuniu moradores para uma encenação viva que marcaria a história das celebrações natalinas.
Naquela noite, São Francisco quis aproximar os aldeões da experiência do nascimento do Menino Jesus de uma maneira mais palpável e emocional. Ele buscou recriar o cenário humilde de Belém, com uma manjedoura, o boi e o jumento, além de uma representação do Menino Jesus, de Maria e de José. A ideia era explicar aos aldeões, muitos dos quais não sabiam ler, a história do nascimento de Cristo de uma forma que eles pudessem ver e sentir.
A encenação foi um sucesso retumbante, tocando profundamente os corações dos presentes. A partir desse momento, a representação do presépio se espalhou por toda a Europa e, posteriormente, pelo mundo, tornando-se uma prática comum nas celebrações do Natal. Com o passar dos séculos, a tradição foi adotada por diferentes culturas e ganhou diversas interpretações, mantendo-se, contudo, fiel ao seu propósito original de ilustrar a simplicidade e a beleza do nascimento de Jesus.
Hoje, 800 anos depois, o presépio continua sendo uma expressão artística e devocional importante, que não só decora os lares e igrejas durante a época natalina, mas também serve como um lembrete do significado profundo do Natal. Seja em versões simplificadas ou em representações elaboradas, o presépio é um símbolo universal de fé e de união, uma tradição que atravessa gerações e que permanece viva no coração da celebração do Natal.
Fonte: G1