A China certamente vai aumentar a pressão sobre Taiwan depois da vitória do candidato governista Lai Ching-te nas eleições presidenciais realizadas na ilha. A vitória de Lai, conhecido por suas posições firmes a favor da independência de Taiwan, pode ser vista como um desafio direto à política de “uma só China” defendida por Pequim, que considera Taiwan parte inalienável de seu território.
Analistas políticos preveem que, em resposta ao resultado eleitoral, o governo chinês intensificará suas manobras diplomáticas e militares para isolar ainda mais Taiwan no cenário internacional e reforçar a mensagem de que não tolerará qualquer movimento em direção à formalização da independência da ilha.
Nos últimos anos, a China tem aumentado sua presença militar no Estreito de Taiwan, realizando exercícios e patrulhas aéreas e navais frequentes. Também tem trabalhado para reduzir o número de países que reconhecem oficialmente Taiwan, pressionando-os a cortar laços diplomáticos com Taipei em favor de Pequim.
O governo de Lai Ching-te, por sua vez, pode buscar fortalecer as relações com países que compartilham preocupações sobre a crescente influência da China na região, incluindo os Estados Unidos, que têm sido um importante fornecedor de armas para Taiwan e um aliado estratégico, embora não reconheça formalmente a ilha como um estado independente.
A situação em Taiwan continua sendo um dos pontos mais sensíveis nas relações internacionais da China, e qualquer ação por parte de Pequim será acompanhada de perto pela comunidade internacional, que teme que um aumento nas tensões possa ter implicações para a estabilidade regional e global.
Fonte: CNN Brasil