Oscar Pistorius, o renomado atleta paraolímpico sul-africano, foi libertado da prisão quase 11 anos depois de ter sido condenado pelo assassinato de sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp. O caso, que chocou o mundo e abalou o cenário esportivo internacional, teve seu desfecho com Pistorius cumprindo parte da pena a que foi sentenciado.
Reeva Steenkamp foi morta na casa do atleta, em Pretória, na África do Sul, no dia dos namorados de 2013. Pistorius disparou quatro vezes através da porta do banheiro onde Reeva estava, alegando posteriormente que acreditava ser um intruso. A acusação, no entanto, sustentou que o ato foi premeditado após uma discussão entre o casal.
Durante o julgamento, que atraiu atenção internacional, Pistorius enfrentou acusações severas e um intenso escrutínio público. Inicialmente, ele foi condenado por homicídio culposo, mas após uma série de apelações e mudanças na qualificação do crime, a condenação foi alterada para assassinato.
A sentença final de Pistorius foi estabelecida em 13 anos e cinco meses de prisão, após uma decisão do Supremo Tribunal de Apelação da África do Sul, que considerou a pena anteriormente imposta como “chocantemente leve”.
A libertação de Pistorius, que ocorreu sob condições específicas de liberdade condicional, marca o fim de um capítulo tumultuado que levantou questões profundas sobre violência doméstica, privilégios de celebridades e o sistema de justiça criminal na África do Sul. A sociedade sul-africana e o mundo continuam divididos sobre a figura de Pistorius, com alguns vendo-o como um exemplo de redenção e outros como um símbolo de impunidade.
A família de Reeva Steenkamp expressou anteriormente sua dor e desapontamento com o sistema de justiça, enfatizando que nenhuma sentença poderia trazer de volta sua filha. Enquanto isso, Oscar Pistorius terá que navegar por uma vida marcada pelo estigma de seu ato e pelas consequências de suas ações naquela fatídica noite.
Fonte: BBC Brasil