Em uma reviravolta que poderia sacudir o cenário do futebol europeu, o Manchester City e o Girona FC enfrentam um obstáculo regulamentar significativo que poderia impedir a participação de ambos os clubes na prestigiosa UEFA Champions League. Conforme as regras estabelecidas pela entidade que rege o futebol europeu, clubes sob a propriedade do mesmo dono não são permitidos de competir simultaneamente no torneio, visando garantir a integridade e a justiça da competição.
A situação se torna complexa quando se considera que ambos os clubes são parte do City Football Group, conglomerado que possui múltiplos clubes ao redor do mundo, incluindo o Manchester City, da Premier League inglesa, e o Girona, que disputa a primeira divisão do futebol espanhol. A preocupação da UEFA é que a propriedade comum possa levar a conflitos de interesse, particularmente se os dois times se enfrentarem ou se as suas trajetórias no torneio puderem influenciar um ao outro de alguma forma.
No entanto, apesar dessa proibição clara, fontes indicam que existem mecanismos que poderiam ser explorados para permitir a participação de ambos os clubes. Uma das possíveis soluções seria a reestruturação da propriedade ou da administração de um dos clubes, de forma a estabelecer uma independência operacional e financeira suficiente para satisfazer as exigências da UEFA. Isso poderia envolver a venda de uma participação significativa do clube a investidores externos ou a criação de uma entidade separada que assumiria o controle do dia a dia do clube.
Outra alternativa seria a apelação ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), onde o City Football Group poderia argumentar que seus clubes operam de maneira independente e que não haveria risco para a integridade do torneio. A jurisprudência em casos anteriores pode oferecer algum precedente, mas cada caso é único e seria avaliado em seus próprios méritos.
Enquanto as discussões continuam nos bastidores, a possibilidade de Manchester City e Girona competirem na mesma edição da Champions League permanece uma questão em aberto. A UEFA mantém-se firme em suas regras, mas a crescente influência de conglomerados de futebol e a complexidade das relações de propriedade podem forçar a entidade a reconsiderar suas posições no futuro. Por ora, os fãs dos dois clubes aguardam ansiosamente por uma resolução que possa permitir que seus times brilhem no palco mais cobiçado do futebol de clubes europeu.
Fonte: globoesporte.com